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Quem Somos?


Dança Movimento Contínuo é um coletivo formado a partir do programa para Valorização de Iniciativas Culturais - Vai 2010/2011 - composto por Dançarinos (as) de Breaking, Afro, samba, arte-educadores e capoeiristas que já integram grupos, posses, CIAs de Dança, unindo-se assim com o intuito de pesquisar danças de matriz negra propondo novas formas estéticas e políticas de criar arte.



Nossos treinos, barrados em espaço público!!!

Salve galera da mandinga, do Break, do Afro, artistas em geral.

Desde de o final de junho estamos com treinos abertos na Academia de capoeira do Contra Mestre Lambari de capoeira Angola.
O ano passado também utilizamos esse maravilhoso espaço cedido com a maior humildade que só o povo da Angola tem. Esse ano formalizamos nossos encontros nesse espaço, porque fomos expulsos de um espaço público, um Balneário que fica nas imediações dos bairros Jardim Celeste, Jardim Jaqueline, Ferreira, enfim...
Um espaço público que tem uma sala de dança que nos finais de semana permaneciam fechadas, sem ninguém da comunidade usar, nos foi tomada por conta da falta de vontade e aptidão que os administradores dessa Gestão "Kassabiana" tem pra lidar com a arte e a cultura. Desde o ano passado, enfrentamos dificuldades para usar a sala tranquilamente e esse ano, colocaram 5 seguranças, fecharam os portões do Balneário e só entra quem eles querem...
A administração desse espaço ligou no Programa VAI e disse que não queria mais nossa presença lá, alegando que desrespeitamos uma funcionária. Acontece que não nos intimidamos, conversamos até ela nos dar a chave da sala, que não é usada por ninguém, se não usássemos, ninguém iria usar...
Conclusão: ela se sentiu lesada enquanto autoridade e proibiram qualquer integrante do nosso grupo de entrar no Balneário, a ponto de um dos integrantes ser barrado na porta, ao ir lá em dia que nem era nosso treino! Ele ouviu a frase: você está proibido de entrar aqui e todo o seu grupo!
Infelizmente além de jogos de pequenos poderes no bairro, entendemos isso como preconceito social e racial, pois se não fossemos um grupo de dança que utiliza as práticas da cultura negra, talvez não julgariam nossos integrantes pela aparência e teriam nos tratado de outra forma mais respeitosa; vendo pelo lado bom, ainda bem que saímos, pois nos acusaram de pixação da sala, desacato ao funcionário público, qual seria a próxima acusação???
Gostaríamos de compartilhar esse fato, pois sabemos que muitos grupos de Arte e Cultura passam por esses descasos, constrangimentos enquanto artista e cidadão, queríamos mais informações sobre políticas de espaços públicos, como reagir perante a lei em situações como essa de usurparem o direito de utilizarmos um espaço municipal que pertence a todos da cidade.
Obrigada a todos!
Axé

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